Acredito que muitos já conhecem a proposta do empreendedorismo social. Não se trata de filantropia meramente ou coisa parecida.
Tal empreendedor é o agente capaz de transformar, reformar e revolucionar um contexto, dentro da perspectiva social, ou seja, seu foco é a melhoria da qualidade de vida em geral.
Teóricos afirmam que o empreendedorismo social está inserido num novo paradigma da economia, a socioeconomia solidária. A cooperatividade, o olhar para as necessidades da sociedade, as relações de solidariedade, a promoção do autodesenvolvimento, entre outros fatores, são as características que o marcam.
O empreendedor corporativo visa gerar resultados (financeiros, mercadológicos, ...) para a organização.
O resultado almejado pelo empreendedor social é a efetividade da conversão do seu esforço em benefício para as pessoas. Para tanto, assim como ocorre no contexto empresarial, aspectos como inovação, aprendizado contínuo, capacidade de adaptação e arrojo se fazem presentes. Observa-se que, sobretudo, o comprometimento com a causa se faz imprescindível para a continuidade do trabalho.
A amplitude dos empreendimentos sociais é significativa: engloba desde o trabalho com crianças hospitalizadas até a valorização e criação de oportunidades inclusivas para excepcionais.
Outros podem ser os exemplos deste tipo de empreendimento: bibliotecas organizadas para estimular o acesso de crianças marginalizadas à leitura.
Em geral, tais projetos se desenrolam pelo apoio de voluntários e doações. E para serem efetivos, exigem um gerenciamento eficiente.
Enfim, trata-se de um tema vasto e relevante, especialmente para nós brasileiros, que conhecemos os desníveis e as mazelas oriundas das diferenças sociais, ainda muito presentes em nosso país.
É importante não esquecermos que o poder público tem um papel a cumprir nesse processo de geração de oportunidades e qualidade de vida. Contudo, sabemos que a chamada 'reserva do possível' (princípio do direito que sugere que a extensão da atuação estatal está limitada a disponibilidade dos recursos público) nos lembra que, enquanto os governos não podem fazer tudo - e aqui sabemos que são diversas, infelizmente, as razões limitadoras dos recursos - o pouco que cada indivíduo puder realizar já é lucro (é empreendedorismo ou não é?).
Conhecer os diferentes empreendimentos sociais pode ser uma excelente ferramenta para a propogação de ideias e incentivo a novos projetos. Quem puder apresentar e divulgar trabalhos desse tipo terá também neste um blog um espaço e apoio!
